sábado, maio 26, 2007

A noite...


A noite vem às vezes tão perdida E quase nada parece bater certo Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida E tudo o que era fundo fica perto Nem sempre o chão da alma é seguro Nem sempre o tempo cura qualquer dor E o sabor a fim do mar que vem do escuro
E tanta vezes o que resta, do calor Se eu fosse a tua pele Se tu fosses o meu caminho Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho Trocamos as palavras mais escondidas Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida Ou talvez só até amanhecer Fica tão fácil entregar a alma A quem nos traga um sopro do deserto Olhar onde a distância nunca acalma Esperando o que vier de peito aberto Se eu fosse a tua pele Se tu fosses o meu caminho Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

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